Para a festa que a cidade de Alagoinhas preparou para inauguração do Estádio do Carneirão em 24 de janeiro de 1971, com o jogo Bahia 3 - 1 Corinthians Paulista (que tinha como principal atração o tri-campeão mundial de futebol, Roberto Rivelino), foi reservado a emoção de naquele dia, ver nascer o símbolo do Atlético “o Carcará”. O “pai da ideia” foi o desportista, conselheiro, sócio fundador e torcedor apaixonado, Heraldo Aragão. Com outros desportistas; Edvalson Lima e Walter Campos, sentiram a necessidade de criarem um fato que lembrasse o Atlético, nesse evento, que seria a invenção do símbolo do clube. O Radialista Antonio Pondé, visualizou (um boneco, com a cabeça em forma de laranja, para ser o mascote, o que não vingou. Na época, havia um feirante que vendia folhas medicinais que possuía um pássaro, o carcará, que fora lembrado por Heraldo e, procurando-o, combinou para no dia dessa festa, levasse seu pássaro para o estádio e desse uma exibição diante da torcida. Foi uma sensação, mas diante de tanta gente, o animal ficou assustado e, bateu asas sumindo, levando o dono ao desespero, pela perda, vindo a cobrar do “pai da idéia”, a quantia de 50 mil cruzeiros, de indenização. Mas felizmente o pássaro voltou, para alegria não só do dono, como também, de Heraldo Aragão que seria obrigado a desembolsar tal quantia. A partir daí, o Carcará, já consagrado, passou a ser o símbolo do Atlético. Nota – O Carcará: Ave de Rapina – Espécie de águia que vive no Nordeste do Brasil. Ave de bico forte e adunco, com fortes garras.